quinta-feira, 19 de março de 2015

Feliz dia do Pai!

Antes de começar o devaneio de hoje… eu prefiro chamar-lhe reflexão… permitam-me que aconselhe todas as mães que, neste dia, só neste dia, dia 19 de Março, permitam que o pai seja o mais importante. Caramba, não custa nada! Os restantes 364 dias vocês fazem-nos (a nós filhos) vossos. Hoje, deixai o pai usufruir.
                                                  
Ainda que o conceito que as mães possuem de que os filhos têm de ser mais delas do que dos pais ainda não tenha entrado bem nesta caixinha de genialidade.
É que no processo de conceção, vulgo, queca, quer um quer o outro têm o mesmo grau de diversão (isto se ambos souberem o que estão a fazer) e têm um papel igualmente importante. Vejamos: a mulher sozinha não faz nada e o homem sozinho é o maior assassino em massa que a história já conheceu. É o chamado Holocausto ejaculatório!
Só assim a modo de conselho: meninas não permitam que tal aconteça. Chamo à vossa atenção que estão a ser cúmplices de tão horrível crime.

Avançando…

Tudo bem que a mãe suporta o puto (ou a garota) 9 meses no seu útero mas alguém tem que o fazer. E, anatomicamente, falando é mais fácil e confortável que esse novo ser cresça na barriga da mãe que nos tomates do pai! Isto, se assim fosse, iria causar enormes problemas logísticos. Tinham de se criar calças reforçadas em tal região, tinham de se fazer umas mini cadeiras para que, quando os pais se sentassem, não roçassem com o puto no chão e uns suspensórios que mantivessem a criança elevada quando o pai está de pé…. assim para manter o fluxo sanguíneo.
A natureza quando fez as coisas tinha a sua razão. Assim, quando estiverem com as dores de parto, não se queixem do marido…culpem a natureza.

Coloco uma questão às senhoras mães que determinaram nas suas reais cabeças que os filhos têm de ser mais delas do que dos pais:

“Quando vão a uma máquina de refrigerantes e colocam a moedinha na ranhura, a lata que sai é vossa ou da máquina?”

Ora aí está o argumento capaz de colocar fim à discussão…isto se quiserem dormir no sofá, pais!

É que pela lógica das mamãs, a solução a este problema é que a lata seria da máquina já que a manteve refrigerada e em condições de consumo durante o tempo que lá esteve dentro.
No entanto, de vez em quando, lá vemos essas senhoras maiores que um lutador de sumo a jubilarem-se com a sua Coca-cola na mão e a falaram dos seus progressos no ginásio! Oh…a ironia!
Creio que devíamos a chegar a um consenso, se é que as mães o permitem, de que quer as mães quer os pais são importantes para uma criança. O puto e a  garota precisam de ambas as figuras e por muito mente aberta que eu seja (atenção, é só a mente) essas modas de andar por aí a cair em cima da cara do Pinóquio não me convencem muito. Ambos são, extremamente, importantes. Mas posso ser eu a estar enganado!
Isto claro, se as mães deixarem!

Mas chega de mães. Quer dizer, entre aspas. Ainda preciso da comida para a semana querida minha mãe!
Hoje é dia do Pai e é neles que quero focar as minhas reflexões, ou como muitos gostam de apelidar: “devaneios”.

Reitero o que escrevi anteriormente! O pai é uma figura fundamental na vida de uma criança, de um adolescente e até mesmo de um adulto. Nem que seja para mostrar o que não devemos fazer enquanto filhos. Esta é mais uma das teorias das mães. Que os pais só servem para dar o exemplo negativo...aquilo que o puto não deve fazer. Aquilo que os pais fazem e que chateia as mães e, que se o puto fizer, a mãe vai culpar o pai pelo que a criança fez. É tudo uma grande conspiração para o pai ser o culpado de tudo!

Neste dia, certamente, muitas publicações nas redes sociais foram feitas com frases do género: “Obrigado pai por tudo!”; “És o melhor do mundo”; “Perfeito como tu só a mãe”. Esta última foi a mãe que obrigou a criança de 10 anos a escrever. Ela ainda não domina bem o mundo tecnológico!... a mãe, não a criança!
Pois bem, eu escrevo aqui e agora… “Meu pai, vamos ser honestos, podias ter sido melhor! A maior parte das vezes em que bati com os cornos no chão foi resultado de uma distração tua: de teres adormecido comigo em cima ou de acreditares que, enquanto puto, ia ficar quieto. Valente pancada a que tenho agora devido a todas estas situações! Obrigado por todas as vezes que, quando era criança, me deixavas ganhar na Playstation…agora tenho de ser eu a marcar-te os penalties no FIFA. Sábios ensinamentos os teus: entrar às 6 da manhã em casa de costas e se a mãe me perguntar se só estou a chegar a casa agora respondo que já estava era a sair!
Resumindo, perfeito perfeito não foste mas considerando que ainda estou vivo e, minimamente, sãozinho da cornadura e sem danos psicológicos permanentes (ainda que sofra de uma enurese noturna de vez em quando)…nem fizeste um mau trabalho! Feliz dia do Pai!

Aqui está uma publicação mais realista! Porque vamos a ver… pais perfeitos não há! Só nos filmes americanos ou nos do Harry Potter! E nestes últimos é porque lá os gajos têm uma varinha que se o puto se aleijar, eles enfeitiçam-no lá e o galito na testa desaparece e já não têm de ouvir o sermão da mãe! Nem o puto por ter caído de tromba, nem o pai que devia ter estado atento ao minimeu. Isto claro, porque as mães nunca têm a culpa de nada.
Mas sendo justos, todos os pais, mesmo fora de Hogwarts, têm uma varinha mágica. A diferença é que nalguns a varinha é deles mas o feitiço é doutro.
Conselho universal para o dia de hoje: celebrai o dia do Pai hoje com um bolinho feito pelas mães ou comprado na pastelaria mais próxima! No entanto, não deixeis que passe um dia sem darem um carinho a qualquer um dos vossos progenitores.

Mas isto claro…se as mães deixarem! 

terça-feira, 17 de março de 2015

Metrossexuais vs. Lumberssexuais

Se gosta gosta! Não há nada a fazer! Ou melhor, até há! Mas a solução não há-de agradar a muita gente. Há que respeitar, mas ainda bem que posso comentar e brincar um bocadinho com tudo.
É assim, eu sou um gajo que não gosta de andar por aí com rodeios. Ao que vou…vou! Caso contrário, fico! Para mim é pão pão, queijo queijo e, quintas à noite, vinho vinho! E não há cá histórias de copos meios cheios ou meios vazios. Quem me faz essa pergunta habilita-se a levar com o copo nos beiços!

Este fenómeno que cada vez se faz mais presente dos metrossexuais é um pouco confuso. Lá está…sou um gajo direto que não gosta de andar por aí meio homem ou meio mulher!
Eles defendem-se dos seus críticos e dizem “Ai eu cuido-me!”. E eu pergunto…”E eu não? Por gostar de um belo cozido à portuguesa ou uma feijoada à transmontana não me cuido? Ai ó filho…eu cá cuido-me bem! Ai cuido, cuido!”.

Mas adiante. Outro dia fui ao ginásio…. Esvaziar o meu cacifo… e vejo numa fila (para não dizer bicha uma vez que pode ser mal interpretado) de metrossexuais! Sim, daqueles que vão ao ginásio exibir os seus bíceps e mostrar que levantam pesos de muitos quilos. Mas eu também levanto pesos diariamente… o do garfo.
Olhavam para mim de cima a baixo e eu receava que os meus poucos pelos de masculinidade (situados na região intermamilar) fossem rapados virilmente (ora aí está um paradoxo … se é que os sei reconhecer). Apenas uma nota: os poucos pelos que apresento intermamilariamente são assim, poucos, de nascença, não porque tenha aderido a tais fenómenos. Aliás, se um gajo aderisse a todos esses fenómenos que, hoje em dia, se põem em moda… a natalidade mundial sofreria um decréscimo significativo e as vendas de vaselina… aumentavam.

Um dos da bicha, perdão…fila, interpelou-me e perguntou se usava creme. Franjo as sobrancelhas, olho para ele com alguma dificuldade (tanto brilho fere os olhos) e respondo: “Camembert para barrar no pão? Aproximadamente um pacote por semana.”
Este uso de palavras com um sentido estranho para um gajo, é uma das coisas que me faz confusão.

Outra é o modo como falam de futebol. Um gajo discute se, quem ganhou mereceu ou não a vitória, se o jogador foi bem ou mal expulso, se era ou não penalti, se um árbitro foi um filho da…senhora sua mãe ou se foi uma boa arbitragem, se o Porto deu fruta ou não, insulta-se a mãe do treinador (coitada da senhora que não tem culpa). Coisas de gajos!
Os metrossexuais falam: “Viram o Cris?”. Sim, porque para eles, o Cristiano Ronaldo é o Cris! Talvez tenham andado com ele na escola. Que andorinhas! É o Cris, o David Beckham (que deve ser o seu deus!). Todos estes que têm dinheiro são metro….os pobres são é….livres de ser o que quiserem!

E gostam de ir às compras. Para nós, homens, é absolutamente angustiante ter de ir às compras. A menos que seja ir comprar o novo jogo de FIFA, GTA, COD, Last of us…o resto é quase desejar um tiro bem mandado no meio dos cornos!
Mas para eles não! Ir às compras de calças, t-shirts, camisolas deve ser como estar no paraíso! Onde quer que o deles seja!
Alguns até andam com um decote maior que o da Joana Teles no Festival da Canção!

E comprar calças é um tédio. Um castigo tremendo.
Quando vou a uma loja, assim que entro, soa um alarme: “Gordo….acaba de entrar um gordo”.

Mas gordo não…com sobrepeso!

Até me levam para uma salinha com dois seguranças e cadeiras reforçadas. Das duas uma: ou sou uma raça perigosa ou em vias de extinção.
Quando lá me deixam sair e vou pedir calças à senhora do balcão dá-me quatro opções: Slim fit, skinny fit, confort e classic trench. Esbugalho os olhos e pergunto se calças normais não fazem parte do leque de escolhas. Como a tendência da resposta é cada vez mais negativa…peço os 4 tipos.
Meto-me nos provadores e… uma não me passa do joelho, outra rasga-me a pele toda atrás (estes gajos metem fechos onde não os tem de haver), outro parece que tenho rabo entre os joelhos (se esta malta não sabe onde pôr o cu…onde terão a cabeça!) e a restante faz-me ficar com um pacote de fazer inveja ao Tibúrcio.
Por estas razões é que eu já desisti. Sempre que encontro umas calças normais peço logo 7 pares e fico a contar que nos seguintes 10 anos não terei de sofrer tão angustiante tarefa novamente.

Mas, como tudo na natureza está em equilíbrio, também já há um fenómeno novo que contrapõe o da metrossexualidade… a Lumberjacksexualidade. Corresponde à imagem do típico Lumberjack (traduzido seria algo como lenhador) americano com uma face barbalhuda, uma camisa aos quadrados vermelha e cujo plano romântico de fim- de-semana é ir apanhar cogumelos. Uma espécie de cruzamento entre o Neandertal peludo (quem não souber o que é um Neandertal que se socorra dos livrinhos de História ou que pergunte ao Manoel de Oliveira que ele deve ter andado com uns quantos na escola) e o ecologista fanático com algumas habilidades de escuteirinho.

Vá, como já disse anteriormente (neste texto e noutros), o equilíbrio e a moderação são chave. Porque razão havemos de estar a mexer com o que a natureza criou?

Por alguma razão somos humanos…pelo menos em corpo!

quinta-feira, 12 de março de 2015

O (Re)regresso!

É verdade que falta continuidade a este blogue. Quase que se assemelha à época desportiva do Sporting, à financeira do Benfica e à jurídica do Porto… tudo cheio de incongruências.

Eu sei, eu sei! Aceito as críticas, se ainda existe alguém com a endurance pessoal suficiente para as fazer. Mas entendei, amigas e amigos, que manter uma carreira universitária em ciências da saúde, tentar manter umas relações familiares e sociais saudáveis e ainda conseguir reter uma funcionalidade mental acima da média que a TVI costuma apresentar na sua programação noturna, exige muito de mim. Pelo menos as duas primeiras são verdade.
Pelo explicado anteriormente, entendei que o tempo escasseia e foge por entre os dedos tal como areia nas mãos de um puto.

Mas aqui estou eu novamente. Renovado, com o vigor de um rapaz novo, a pujança de alguém que tomou o comprimido azul e a vontade do Passos Coelho em não declarar sabe-se lá quantos milhões às finanças. Para os leitores mais caducos, trata-se de metade e outros tantos de contos. Assim ficamos todos esclarecidos.

Para quem ainda não reparou e, para quem o fez demonstro a minha admiração, este nosso espaçozinho de devaneios e terapia mudou de “cara”.
Uma espécie de “Querido mudei a casa” aplicado aos blogues. A diferença: não tenho o Gustavo Santos a apresentar nem a explicar as suas sábias teorias com uma gesticulação profunda e cheia de significado expressivo.
Isto porque “este blogue é o sonho das nossas vidas. O nosso amor. Primeiramente é a ele que temos de amar. Mesmo que tenhamos de esperar 6 meses para que um texto seja escrito, temos de o amar. Não tens a certeza se o texto será escrito ou não…mas esperamos que sim! Esperamos porque amamos!”

É assim que eu imagino um spot publicitário feito por este “life coach” a promover o nosso renovado blogue.

Ainda assim, por muito tentadora que seja a gesticulação de tal moço tão vivido, com a sua echarpe e calças super slim fit, acho que preferiria Eça de Queiroz com a sua barbinha, maneiras cavalheirescas e exaustivas descrições. Ao menos um gajo ficava a saber, precisamente, o que estava a ver. Pormenor não lhe faltaria.
“A cor laranja do ecrã sobressai até aos olhos dos mais desprevenidos. Sobre essa cor, cuja origem até hoje é desconhecida (reza uma lenda que talvez seja devido ao laranja ser laranja por causa da laranja, sendo que outra afirma que a laranja é laranja devido ao laranja), num tom negro da mais refinada madeira negra da Somália, contrapondo a alegria e o calor transmitidos por aquele laranja bem laranja, jazem uns rabiscos que fazem recordar o alfabeto chinês. Talvez o chinês ou o japonês já que, tal como os seus habitantes, parecem todos iguais.
Variando o flanco da mirada, fixando a suavidade e frescura do nosso olhar sobre a arcada esquerda da tela do computador, uns ícones captam nossa atenção. O que serão?”

Só assim a título de curiosidade e, puxando à minha costela filosófica e reflexiva, como seriam as publicações do amigo Eça se, no seu tempo, houvesse Facebook? Num texto posterior explorarei a hipótese de recriar algumas das publicações de personagens famosos da vasta história tuga.

 Certamente não haveria os “Maias”, nem o “Crime do Padre Amaro”, nem o “Primo Basílio” ou “A ilustre casa de Ramirez”, já que o amigo Eça estaria a fazer o upload da sua nova foto de perfil tirada na noite anterior na “Tasca do Ti Felismino” ou a ver a cronologia de D. Maria II na esperança de encontrar alguma fotografia sua em biquíni na viagem que fez pelo Brasil com Maria Eduarda e Carlos da Maia. Aquilo é que deviam ser noitadas!  A ler… não sejais perversos!