No dia em que mais se vulgariza a
“Liberdade”, decidimos descerrar o escaninho onde mantemos a nossa controlada e
colocá-la sob este tórrido sol de abril. Cautamente, esperamos que os seus
efeitos na moleira da nossa liberdade sejam incólumes e que, em nada, se
assemelhem aos que levaram uns quantos iracundos soldados com a veia da cólera visível
na frente, revoltados pela falta de filet
mignon no cardápio dos quartéis, saírem à rua para demonstrarem a sua
insatisfação.
No ponto alto da noite, montaram em tanques,
trocaram uns shius! Entre eles, combinaram
passar umas músicas todas catitas na rádio em jeito de código, armaram as
espingardas de cravos – ohhh, que bonito!
– e lá foram eles em marcha por Lisboa. E nem uma gota de sangue se extravasou
nesse dia. A pacífica calçada portuguesa apenas ficou manchada pelas aromáticas
pétalas rubicundas da consciência livre. Que belo romance! Aconselhamos
fortemente!
Claro que isto é tão verdade como as vacinas não
servirem para nada.
Nos dias que nos fogem, é impossível escapar
ao tema que ocupa a atualidade: “Deve vacinar-se a si e às pessoas que ama?”
Se após ler a questão, que sobre o nosso mar
de dúvidas, hoje, se encontra à tona, ainda não souber a resposta e acredita que
sairá daqui com uma solução conclusiva, vivamente desaconselhamos que continue
a leitura. Não porque a resposta, que livremente expressamos, não se encontre,
quiçá, toldada nas frases que escrevemos mas porque duvidamos da sua capacidade
para a encontrar. Se ainda assim, o seu espírito lhe conferir a vontade de
buscar, joguemos então ao “ Where’s Waldo
(Onde está o Waldo?) das respostas óbvias”!
Sim. Deve vacinar-se a si e a quem depende de
si.
A vacinação não vai conferir à sua cria qualquer
tipo de poderes. Não é por isso que ele será um grande filósofo ou um atleta
olímpico, mas também não será pela vacinação que se erupcionarão todas as obras
do dianho – já que estas, nem a água benta as remove. No entanto, estará mais
protegido das enfermidades do corpo; e quem optou por vacinar a criança mostra
estar protegido das enfermidades da mente. Certamente do vírus da consciência! Esse que deixa um cunho indelével na
alma que carregar o peso do corpo de um infante.
Não vamos entrar em argumentos mais ou menos
elaborados para tentar provar que a vacinação é uma prática justificada, razoável,
assente em pilares robustos. Tudo está na literatura médica e à disposição de
quem se quiser instruir.
Não podemos apagar anos de investigação científica,
coerente e credível, porque um par de iluminados
por motivos incutidos pela perversidade – ou por um médico ou enfermeiro
bisonho que administrou a injeção com uma técnica mais desagradável – fingem
provar que não funcionam…ou pior, atribuindo-lhes consequências infundadas.
Não negamos que alguma vacina tenha provocado
uma reação adversa, menos desejável e, potencialmente, até mortal a quem a
tenha recebido. Claro que sim! Pode acontecer. Não é o normal ainda que seja
uma possibilidade. Mas isso também ocorre a todos os quantos são intolerantes à
lactose ou aos seus amigos e que têm de se encontrar num espaço com ventilação
deficiente depois de uma meia de leite.
A poliomielite está erradicada a nível mundial.
Estamos a ponto de eliminar o sarampo, varicela e tantas outras doenças
semelhantes com uma prática tão simples.
São livres para não vacinar? São, mas
contagiar-nos já invade a nossa liberdade. E sempre nos ensinaram que “a nossa
liberdade acaba onde a do outro começa”.
Senhoras e senhores, por aquele tórrido sol
de abril, eis o resultado de tamanha insolação!
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