quinta-feira, 12 de abril de 2012

Negócio da China!


Amor, eu cortei os pelos do saco
Sacrifícios eu fiz,
Mas você não me quis.

Esta é parte da letra de uma música pimba brasileira mas que, tendo em vista o panorama socioeconómico e financeiro deste sítio a que dão o nome de Portugal, penso que se adequa perfeitamente.

Já nem se estranha que se peça aos portugueses um pouco mais de sacrifícios aqui, mais um bocadinho acolá e assim sucessivamente até nos “chuparam até ao tutano”. 
Ora, só falta mesmo vir aí o senhor PM pedir para cortar os pelitos (que, devido à falta de dinheiro para a alimentação, já são poucos) do dito saco.
Pessoalmente, se tal acontecesse tinha destino para esse material: cordas para barcos. Abria-se aí uma fábrica (algures na Amadora), empregava-se umas 200 pessoas (de preferência portuguesas) e a matéria-prima era toda de graça.
 Olha, que belo negócio!
Pagava-se o salário mínimo a 200 pessoas e exportávamos as cordas para grandes barcos italianos, suecos, gregos, … Era só ver pilim a entrar nos cofres do Estado e podia ser que nos devolvessem os subsídios de Natal e de Férias já no próximo ano.
O pior que nos podia acontecer era ter um bocado de frio na zona genital, mas usávamos um par de cuecas a mais e o problema ficaria resolvido.

Bem, fica aqui uma sugestão para melhorar a economia portuguesa baseada numa música brasileira. Quem diria, hein!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Romântico Tuga vs Romântico Americano


 A reflexão de hoje consiste em desenvolver algumas das diferenças entre o romântico tuga e o romântico americano.
Vendo bem, o americano tem o trabalho facilitado. Tem uma vista fantástica sobre a Estátua da Liberdade, sobre o rio Hudson, sobre os maiores e mais bonitos monumentos do mundo.
 O romântico tuga tem somente uma vista sobre a capoeira das galinhas, sobre o curral dos porcos e, com um pouco de sorte, sobre a Assembleia da República.

E nos parques de diversões. Se um americano leva a namorada a um desses parques, a música que ouvirá será, certamente, a canção preferida da rapariga.
Nas feiras portuguesas, estamos ainda a 2km do dito local, e já estamos a ouvir “Eu gosto de mamar nos peitos da cabritinha” ou então "Depois de ti mais nada",
Ora, deste modo, só me posso questionar: “Como é que os românticos tugas ainda conseguem arranjar namoradas?" Bem, devem meter umas cunhas, ou fornecem luvas, ou algo do género.
Mas não fugindo ao tema das feiras: o americano quando ganha um jogo qualquer oferece à parceira um daqueles ursos de peluche enormes, muito fofinhos, muito bonitos, que a fazem ficar completamente pasmada. Em Portugal, quando ganhamos um qualquer sorteio só podemos oferecer uma caganita de cão de tamanho S.

E naquelas rodas gigantes. Quando a roda para, é noite, e eles os dois estão lá no alto, o americano diz:
- Desde o alto daquela colina é possível observar o local onde Lincoln pronunciou o famoso discurso de Gettysburg.
E a rapariga toda pasmada:
- Ai!, sabe de História!
E ele continua.
- Venho muitas vezes aqui com o meu cão, dar longos passeios, aproveitar o ar livre…
E ela:
-Ai, gosta de animais!
E ele remata a conversa:
- E quando me sinto só venho até aqui, olho para as luzes da cidade e penso que atrás de cada luz há uma história, uma pessoa…
E mesmo antes de ele acabar o quer que seja ela já está:
- AHHHHH! Eu amo-o, amo-o!

Ora bem, o tuga jamais poderá fazer uma coisa destas. Primeiro, não tem imaginação na altura de meter conversa e dificilmente consegue construir uma frase sem cometer erros ortográficos como “hadem” ou “hádes”. Em segundo, sendo capaz de levar uma rapariga ao alto de uma roda gigante, só pode dizer:
- Olha lá ao fundo! Olha, consigo ver o Continente. Imagina que a roda cai! AHHHHHHH!

Termino aqui a minha reflexão e concluo: o português está sempre lixado! Já não basta estar constantemente em crise mas também está em crise de engate. Já nem charme e estilo existem.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Infância e Adolescência

Não há nenhuma maneira melhor de inaugurar um espaçozito na Internet do que começar pelo início. 
Entenda-se "começar pelo início" falar da infância e da adolescência. 
Pessoalmente, passei pela infância física já faz uns anitos e atualmente encontro-me em vias de me "reformar" da adolescência, também ela, física.
O pior é que quem não tem uma infância física quando é tempo e a desenvolve em conjunto com uma adolescência psicológica, o resultado proveniente dessa junção pode não ser apreciável. É que aliar o interesse por raparigas com aqueles gostos típicos de crianças de 6/7 anos pode ser uma combinação catastrófica (por muito estranho que possa parecer).
Mas a infância é também a idade em que queremos saber tudo, conhecer mais. Mas uma pergunta que naquele tempo nunca me passou pela cabeça foi: "Qual é a idade por excelência para urinar na cama?" É que a mim nunca ninguém me disse. Alíás, penso que este problema afecte 95% das crianças (sim, porque, aparentemente, 5%  já nascem a saber usar o penico).Tinha eu 12 anos, a minha mãe estava farta de estar constantemente a mudar os lençóis da minha cama e, então, ela desenvolveu uma técnica infalível. Quando me ia deitar, ela sentava-se numa cadeira à minha beira, pegava num naqueles livros "365 histórias", lia-me uma e, quando acabava, fechava a luz, dava-me um beijo, puxava a manta eléctrica e dizia: "Se tens tomates, mija-te esta noite!"
Escusado será dizer que, efectivamente, foi remédio santo para os meus problemas de incontinência urinária infantil.

Porém, a minha adolescência tem sido diferente (ainda bem, acho eu). Pelo menos, resolveram-se os problemas da bexiga. 
Embora, eu catalogue a adolescência como um período de efervescência hormonal em que substâncias como o estrogénio e a testosterona (já sem falar da erva, da marijuana e de outros compostos) nos fazem viver numa espécie de universo paralelo em que achamos que somos os reis da treta toda, é a altura em que vivemos tudo com muito mais emoção e cometemos (ou pretendemos cometer) as maiores idiotices.
Quem é que, sem ser na adolescência, se lembraria de querer nadar todo nu (ali, ao frio, com o penduricalho ao léu e a saltar de um lado para o outro - somente acontece nos rapazes ou nas shemales) ou querer fazer uma competição entre os amigos para ver quem saca mais números de telemóvel às raparigas.

No entanto, serão estas situações que, quando tivermos 40 e tal anos (se calhar até mais tarde, depende das condições psicológicas das pessoas), nos fazem olhar para trás e pensar: "Fui mesmo um parvalhão."