Ao
longo da semana de um estudante em férias bastantes são os problemas que
invocam a atenção do espírito absorto, adormecido pela incessante e apática atividade
do lazer sem propósito. Nessa lista, podemos encontrar as seguintes ocupações
da mente:
1. a
que horas nos levantamos amanhã?;
2. a
que horas nos deitamos hoje?;
3. a
realização de que uma e outra hora, geralmente, são co dependentes – com a
exceção, claro, das situações em que a matrona desejar limpar a casa e, sem
compreendermos exatamente as razões que justificam o seu comportamento, insiste
em começar pelo nosso onírico reduto;
4. (após
acordar às 12h30min) ainda tomamos o pequeno-almoço ou o almoço é a refeição
que se segue?
5. Etc.
Obviamente que há mais
grandes questões da vida ferial de um estudante. Estas são apenas umas poucas
que reconhecemos que aporrinham o tutano que ainda resta à juventude, trás
manhãs e manhãs de copiosas émeses e banquetes de ácido acetilsalicílico.
Estas são as lidas que, na
nossa memória mangona, ousam soçobrar o pasmatório em que a nossa escátula de
neurónios se converteu nesta época de cálida languidez.
Como resultado esperado do
mencionado anteriormente, o encargo de parir uma tese para a reflexão desta
semana, exigiu um assalto ao cofre da imaginação e, como não desejamos que o
nosso lazer cruze os maninhos trilhos terrenos sem um rumo, a custo extraímos o
que aqui se lê.
Uma reflexão semanal,
considerando que publicaríamos sempre à mesma hora, está composta por 168 horas
ou 10079 minutos de preparação, – retiramos um minuto que equivale ao período
necessário à partilha do texto no grande livro digital - que se dividem entre
surgir com inspiração e produzir o texto. Ambos os componentes aduzem-se com as
suas problemáticas porém, ser bafejado pela brisa protetora dos grandes autores
– e das grandes editoras - não toca a todos nem faz adejar os longos cabelos
dos modestos escritores de fins-de-semana e feriados – deixamos a seguinte
exceção: pode acontecer àqueles que, ao banharem-se, amimem a sua massa capilar
com Pantene Pro-V.
Muitas das vezes vemo-nos
obrigados a procura-la num ninho vazio correndo o risco de ser os recetores de
um nefário olhar por parte de uma serpente que tinha chegado antes e declarado
o que era de alguém como seu.
Contudo,
escrever – entre outras refregas - é o nosso escape intelectual a um período
que carece de desafios que façam coriscar a lâmpada e, como tal, correspondemos
ao olhar desafiante do réptil ofídio com uma mirada viçosa e enérgica
demonstrativa de preparação para a contenda, caso a necessidade de a disputar
se apresente.
E assim, sem que a perceção
de tal nos roce a pele, estamos sob o dia que a iluminação do espírito traz
para afastar o trevor que precede a alba.
Desta
forma, concluímos que a inspiração resume-se à coragem e à vontade de começar a
construir algo; que à medida que avançamos, fazendo as
modificações que forem necessárias, somos conscientes do caminho que
percorremos, das tolheitas que ultrapassámos e das que se escondem, tal
camaleão, na espinhosa e sáxea vereda que, ao dobrar o cunhal, nos espera.
Aos que entraram no nosso
humilde lar, curiosos pelo desenvolvimento do assunto que o título faz esperar,
não vos deixamos desolados.
Adolf
Hitler, facínora alemão, que seguramente não exige qualquer
apresentação, na caixa de Pandora que rendia a bomba propulsora da nequícia que
nele fez as vezes do vermelho sangue partilhava, com o seu ódio por judeus, a
paixão pelo jogo de bola com raquetes, num campo apropriado, dividido na metade
por uma rede. Aos 5 anos começa a jogar e desde essa idade mostrou queda por
‘queimar’ os seus adversários com serviços velozes, potentes forehands e backhands e mortais aproximações à rede.
Antes de iniciar a sua vida
política, que mais tarde levaria ao desenrolar da história que todos conhecemos
e que à maioria enoja, torna-se maestro de ténis de grandes nomes do desporto
nessa época.
Claro que se fosse verdade
esta seria uma boa história.
No entanto, o verdadeiro
motivo que nos levou a eleger este título foi a intriga que é capaz de despertar na
medula de quem o lê. Isto e quarenta graus a aniquilar neurotransmissores.